Nos últimos anos o COLÉGIO LUÍZA TÁVORA, ao término e início dos ciclos de estudos, sempre apresentou informativos sobre a BNCC, onde explicava a importância da mesma, mostrando a sua linha de ação da Educação Infantil ao Ensino Médio. Sabemos que hoje, os pais, cientes da importância da base e da necessidade dos mesmos participarem do contexto escolar, a escola convida-os para pensarmos além. Precisamos entender que, os tempos mudaram, não podemos ver a educação como antes, são novas `as gerações´ e trazem consigo as suas complexidades, e que também devemos pensar entre tudo isso, no avanço tecnológico que tivemos nesses dois anos de pandemia, foi um salto gigantesco.    

Por isso nesse novo INFORMATIVO CLT sobre a base, vamos observar uma parte da mesma, não para concluir esse assunto, mas para deixar clara a importância de pensarmos a educação em conjunto, construindo pontes, como sempre acreditamos por aqui: 

A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como ensinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado.

No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.

ENTÃO, PENSAR NA BNCC TAMBÉM É TAREFA DOS PAIS. COMO?

Antes de falarmos propriamente sobre a BNCC e as famílias, observaremos o que diz o artigo 5º da Constituição de 1988, a qual determina que: 

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

É importante reforçar: a educação deve ser promovida 

e incentivada com a colaboração da sociedade, e é dever do Estado e da família.

É possível então, nesse contexto, trazer a família para a escola? Perguntamos mais: é possível ensinar aos pais que eles devem cobrar a autonomia dos filhos na rotina de estudo?

Se a Base Nacional Comum Curricular for colocada em prática, a resposta é SIM para essas perguntas. 

Vejamos um trecho da própria BNCC ao tratar sobre as expectativas para o Ensino Fundamental:

No Ensino Fundamental, a BNCC se concentra no processo de tomada de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das diferenças em relação ao Outro e das diversas formas de organização da família e da sociedade em diferentes espaços e épocas históricas. Tais relações são pautadas pelas noções de indivíduo e de sociedade, categorias tributárias da noção de philia, amizade, cooperação, de um conhecimento de si mesmo e do Outro com vistas a um saber agir conjunto e ético. Além disso, ao explorar variadas problemáticas próprias de Geografia e de História, prevê que os estudantes explorem diversos conhecimentos próprios das Ciências Humanas: noções de temporalidade, espacialidade e diversidade (de gênero, religião, tradições étnicas etc.); conhecimentos sobre os modos de organizar a sociedade e sobre as relações de produção, trabalho e de poder, sem deixar de lado o processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da comunidade e do mundo.

“Em artigo publicado em fevereiro de 2016 no site do Harvard Family Research Project (Centro de Pesquisas sobre Famílias de Harvard), a pesquisadora Elena Lopez defende que é preciso, antes de tudo, gerar empatia entre pais e os atores da escola: “Uma abordagem centrada no ser humano começa com empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro e imaginar o que aquela pessoa sente e vivencia. Desenvolver essa atitude é uma maneira de trocar um modelo baseado apenas no que os educadores pensam que as famílias querem e precisam por uma abordagem que considere aquilo que as famílias efetivamente desejam e valorizam”.

A BNCC prevê, a participação das famílias e da comunidade. Tenha em mente que a aprendizagem não acontece sozinha, ou seja, não ocorre apenas dentro da escola. O conhecimento adquirido só faz sentido se influenciar fora da unidade escolar.

Assim, a base se materializa quando acontece a participação, a transversalidade, as disciplinas trabalhando de forma interdisciplinar e quando ocorre uma relação com o contexto, há presença de gestão democrática e formação continuada.

Dessa forma, a base passa a ser mais do que apenas um  competências quando há junção

documento e se materializa por meio do desenvolvimento das de todos os elementos através da participação. A diferença é que a base terá um peso maior, no sentido do que é essencial a todas as comunidades do país, ou seja, cada comunidade, com sua realidade e especificidade, precisa ter o mínimo da qualidade de ensino que se espera das demais unidades escolares.

Esse nivelamento é importante, por exemplo, para que as avaliações de larga escala sejam normatizadas, aumentem os vestibulares e a formação dos professores seja orientada, pois tudo isso será fundamentado pela base.

As decisões que resultam de um processo de envolvimento e participação das famílias e da comunidade, referem-se, entre outras ações, a:

  • Contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas;
  • Decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem.
  • Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.;
  • Conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens;
  • Criar e disponibilizar materiais de orientação para professores, bem como manter processos permanentes de formação docente que possibilitem contínuo aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem;
  • Manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão pedagógica e curricular para os demais educadores, no âmbito das escolas e sistemas de ensino.

Como podemos ver, a BNCC traz novos objetivos para a educação, que vão além do desenvolvimento intelectual — que não perdeu a sua importância. Ela não invalida os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), mas traz aprofundamento em relação às orientações.

Então, as instituições precisam pensar nas estratégias para oferecer o que se espera aos alunos (e isso sempre foi uma inquietação no CLT). Similarmente, também deve disponibilizar as condições para que os colaboradores atendam às orientações.

Assim, percebemos como a BNCC é um documento importante e que trouxe e trará grandes mudanças para a educação brasileira. É fundamental que todas as pessoas que trabalham com o ensino conheçam as novas orientações, bem como as famílias dos estudantes.

Dessa forma, é possível melhorar a educação no País e beneficiar toda a sociedade.

COLÉGIO LUÍZA TÁVORA – `Tradição aliada à modernidade´.